A industrialização colocou ao dispor
da arquitectura e dos sistemas construtivos, novos materiais e
tecnologias. Desde o final do séc. XVIII, que o ferro começou
a ser produzido industrialmente para a aplicação
na construção de pontes e estruturas. Ligado ao vidro permitia a formação de grandes
superfícies iluminadas e amplos espaços. O sistema
de pré fabricação tinha como consequência
uma rapidez de construção e tronava o próprio
processo construtivo mais económico. Mais tarde surgiram
materiais, como o betão armado e novas tecnologias integradas
na arquitectura, como o elevador e a luz eléctrica, que
traziam consideráveis melhorias e provocaram o aparecimento
de novas metodologias conceptuais e construtivas. Antes dos arquitectos, foram os engenheiros a preferiam os novos
materiais e lhes deram expressão estética e sentido
artístico. Inicialmente, dominava uma racionalidade estrema
que pode ser designada de racionalismo mecânico, pois o
resultado estético de um edifício ou de qualquer
sistema construído era apenas consequências da lógica
construtiva e não eras programado previamente. Mas progressivamente foram sendo introduzidos os revivalismos,
com destaque para o neo-gótico, cujo o sentido estrutural
se ajustava bem á nova técnica, e até ao
ecletismo. Numa cronologia da arquitectura do ferro, são
pioneiras as grandes pontes construídas no final de século
XVIII e durante o século XIX, nomeadamente em Inglaterra
(a de Coalbrookdale com 5 arcos em 1779 a de Suderland, com um
só arco de 72m, em 1796); nos EUA (Brooklyn em Nova Iorque). Paralelamente surgem também estufas, os grandes armazéns
com cobertura metálica, as estações de caminho
de ferro, os mercados e até mesmo edifícios públicos
(biblioteca nacional de Paris). Nos teatros em particular nas
zonas do palco e dos camarins, também de aplicou desde
cedo o ferro, que oferecia claramente maios resistência
e segurança, inicialmente o ferro era disfarçado
de modo a imitar a pedra e a madeira, como o pavilhão real
de Brighton, em Inglaterra (1816-1818), projectado por Jonh Nash. Mas o Palácio de Cristal projectado por Paxton e construído
pela exposição universal de Londres, em 1851, marcou
o início de uma nova atitude que passou a assumir o novo
material com o valor próprio e dar-lhe expressão
estética, além da funcionalidade. Posteriormente
todas as exposições internacionais afirmaram o progresso
técnico e a modernidade através de grandes construções
em ferro, com o destaque da Torre Eiffel, inaugurada em Paris
em 1889. Escrito Por: Vanessa Almeida