Com origem na Inglaterra dos anos 50, é nos Estados Unidos, durante
a década de 60, que a Pop Art conhece o seu período mais próspero.
Reagindo ao Expressionismo Abstracto, que, a partir dos anos 40, floresce
em solo norte-americano e reforça a individualidade do criador através
da rejeição dos elementos figurativos, artistas como Andy Warhol
(1931-1987) , Roy Lichtenstein (1923-1997) ou Tom Wesselmann (1931) transpõem
para o campo da arte a iconografia da cultura popular. A publicidade, a fotografia,
a banda desenhada e o design tornam-se a sua principal fonte de inspiração.
A Pop Art celebra a linguagem da cultura urbana e as maravilhas da sociedade
de consumo: garrafas de Coca-Cola, latas de sopa ou até pacotes de
detergente são reproduzidos vezes sem conta. O abismo entre a cultura
de elite e a cultura popular é ultrapassado e o quotidiano torna-se
arte. A Pop Art é um movimento artístico que floresceu nos finais
dos anos 50 e 60, sobretudo nos Estados Unidos e no Reino Unido. A “paternidade”
do nome é atribuída ao crítico de arte Lawrece Alloway,
que fazia assim alusão à utilização, pelos artistas
deste movimento, de objectos banais do quotidiano nas suas obras. Nos Estados
Unidos, Claes Oldenburg, Andy Warhol, Tom Wesselman e Roy Lichtenstein —
e do outro lado do Atlântico David Hockney e Peter Blake — foram
as suas figuras de proa. Arte Pop é considerada como uma reacção ao Expressionismo
Abstracto, um movimento artístico, liderado entre outros por Jackson
Pollock. O Expressionismo Abstracto, que floresceu na Europa e nos Estados
Unidos nos anos 50, reforçava a individualidade e expressividade do
artista rejeitando os elementos figurativos. Pelo contrário, o universo da Arte Pop nada tem de abstracto ou de
expressionista, porque transpõe e interpreta a iconografia da cultura
popular. A televisão, a banda desenhada, o cinema, os meios de comunicação
de massas fornecem os símbolos que alimentam os artistas Pop. O sentido
e os símbolos da Arte Pop pretendiam ser universais e facilmente reconhecidos
por todos, numa tentativa de eliminar o fosso entre arte erudita e arte popular. A Pop Art também reflectia a sociedade de consumo e de abundância
na forma de representar. As garrafas de Coca-cola de Warhol, os corpos estilizados
das mulheres nuas de Tom Wesselman — onde se evidencia o bronzeado pela
marca do bikini — ou ainda os objectos gigantes de plástico,
como o tubo de pasta de dentes de Claes Oldenburg, são exemplos da
forma como estes artistas interpretavam uma sociedade dominada pelo consumismo,
o conforto material e os tempos livres. As peças dos artistas da Pop também iam buscar as suas referências
à produção industrial. Veja-se, por exemplo, a repetição
de um mesmo motivo nas serigrafias de Warhol ou as telas gigantes de Lichtenstein
onde, ao ampliar as imagens de banda desenhada, o artista revela os pontos
de cor inerentes à reprodução tipográfica.